A biomassa de eucalipto, em linhas gerais, é o resíduo orgânico que resulta das árvores.
É uma matéria prima que armazena grande quantidade de carbono, oxigênio, hidrogênio e de energia, além de ser uma fonte renovável de baixo custo e rápido acesso.
Em aspectos químicos, sua composição é parecida com a gasolina e óleo diesel – porém, diferentemente desses dois, a biomassa (hidrocarboneto) já apresenta oxigênio em sua estrutura.
Nos casos dos três combustíveis, é a reação com o ar que libera a energia contida nas ligações químicas.
Tal reação com o oxigênio só ocorre quando há condições que a possibilitam como temperatura, pressão e a equação ar/combustível balanceada, conforme explica o estudo Combustão e gasificação de biomassa sólida, publicada pelo Ministério de Minas e Energia em 2008.
Há quatro principais tecnologias que extraem com mais eficiência a energia da biomassa: combustão com turbina a vapor, combustão com motor a vapor, gasificador com motor ciclo Otto, gasificador com motor ciclo diesel.
É possível observar, pela denominação dada às tecnologias, que são dois os métodos para que a energia seja obtida. Mas quais as diferenças entre gasificação e a combustão de biomassa?
Enquanto a combustão precisa de mais oxigênio para gerar a energia, a gasificação ocorre com a relação ar/combustível com muita falta de ar.
Em linguagem química, “se for colocado mais ar que o necessário estequiométrico, a temperatura da chama diminui, podendo chegar ao apagamento.” Esta é a mistura e denominada pobre.
Se, ao contrário, se utilizar a razão ar/combustível menor que a razão estequiométrica (mistura rica), vai gerar falta de oxigênio na reação. Neste caso, “pouco calor será liberado, novamente baixando a temperatura da chama e podendo chegar ao apagamento” (p. 73).
A combustão gera calor e produz gases e sólidos chamados inertes (que não reagem): CO2, H2O e cinzas. Tal calor é usado em processos industriais.
Já a gasificação não libera calor em excesso e produz gases que, mais tarde, podem reagir. Estes podem ter uso como insumo em outros processos químicos ou serem utilizados como combustível em motores de combustão interna, por exemplo.