Diferenças entre capim elefante e eucalipto na geração de biomassa

Fluxograma Biomassa
O uso de energia limpa vem sendo cada vez mais entendido não só como uma necessidade para um desenvolvimento sustentável, mas também por seus benefícios econômicos. Assim, substituir o uso de matéria-prima de origem fóssil para as de origem renováveis significa adotar soluções que reduzam drasticamente os impactos ao meio ambiente.  Vale pensar também que a contínua adoção de práticas sustentáveis causam um verdadeiro efeito borboleta. Isso ocorre pois a extração, o armazenamento e o transporte dos combustíveis fósseis são ações que implicam em altos investimentos e danosos impactos ao meio ambiente. Por uma necessidade competitiva, o pensamento sustentável não pode deixar de considerar os aspectos econômicos, que no segmento industrial é traduzido em produtividade.  Para tanto, é necessário que toda cadeia produtiva busque fontes alternativas para a geração de energia que aliem o menor impacto ambiental com a maior eficiência energética possível para a movimentação de suas caldeiras. Neste sentido, esse é o cenário em que vamos explicar a seguir duas fontes de biomassa: o eucalipto e o capim elefante. Elas são utilizadas para a geração de energia nas indústrias e explicar o funcionamento de cada uma delas dentro do conceito de viabilidade técnica, ambiental e econômica.

Capim elefante – entenda sua composição e uso como biomassa

O capim elefante é uma planta florífera também conhecida como  capim, grama ou relva. Sua origem é africana e ela começou a ser introduzida no Brasil em 1920. Seu cultivo tem como principal finalidade a alimentação de gado e mais recentemente tem sido aplicada como biomassa para geração de energia. Há uma alta expectativa de produtividade no plantio do capim elefante. O que, dessa forma, segundo especialistas, poderia chegar a 50 toneladas de massa seca com destino à biomassa. Mas, os primeiros experimentos em usinas da região do Amapá e Bahia mostraram dificuldades com o uso do capim elefante como biomassa para geração de energia. Entre os principais entraves do capim elefante foram apontados: produtividade abaixo do esperado, alta umidade, o que diminui o poder calorífico da biomassa quando em combustão. Além da necessidade de investimentos maiores para compensar o seu uso em grande escala.

Eucalipto – entenda sua composição e uso como biomassa

O eucalipto tem sua origem na Austrália, Tasmânia e outras ilhas da Oceania. Os primeiros relatos de plantio em solo brasileiro datam de 1825.  Sua finalidade é diversa, pois da planta se aproveita não só a madeira, mas também as folhas cujos destinos atendem diversas indústrias. Como por exemplo, papel e celulose, laminação, serraria, mobiliário, medicamentos, cosméticos, tecidos e alimentos. Além de ter forte presença em toda cadeia produtiva industrial como biomassa para produção de energia limpa. A biomassa de eucalipto apresenta, portanto, características de fontes térmicas estruturantes, o que a torna a melhor alternativa para a geração de energia, segundo especialistas em silvicultura. Sendo assim, sua densidade básica e a umidade adequada conferem padrões de alto poder calorífico. Além do benefício do uso da biomassa de eucalipto como fonte de energia renovável (não emite gases poluentes), as bases florestais de eucalipto contribuem para a regulação dos ciclos de chuva, fundamentais para nosso ecossistema.