O mercado de negócios florestais com base no plantio de eucalipto ganha cada vez mais relevância. Esse protagonismo pode ser confirmado pelo aumento na participação da silvicultura (extração em áreas plantadas) na
produção primária florestal.
Só em 2017, últimos dados disponíveis, o valor da produção primária florestal brasileira alcançou R$ 19,1 bilhões, 3,4% a mais que no ano anterior. A silvicultura respondeu por 77,3% desse total, ou R$ 14,8 bilhões.
Os dados são do levantamento da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2017 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e repercutido em veículos de imprensa especializados como a revista
Globo Rural.
Além de proporcionar geração de energia limpa, pelo uso da biomassa de eucalipto, é matéria-prima qualificada para uma gama de segmentos industriais: serraria, moveleiro, papel e celulose e construção civil, além de outros menos disseminados, mas igualmente importantes: medicamentos, cosméticos, tecidos, alimentos, entre outros.
Você conhece as espécies de eucalipto mais utilizadas pela indústria?
O eucalipto é uma importante matéria-prima. Seu uso advindo de florestas de replantio, em detrimento das florestas nativas, evita o desmatamento e consequências desastrosas para o meio ambiente.
Segundo a
Embrapa são mais de 700 espécies reconhecidas botanicamente no mundo. Para o plantio eficiente, um bom planejamento é indicado para reconhecimento de adequação de clima e solo da região.
De origem australiana, o eucalipto tinha inicialmente no Brasil apenas fins decorativos e medicinais, mas atualmente tem sua diversidade comercial reconhecida e é um dos principais cultivos para
florestas plantadas, colaborando para a preservação de matas nativas.
Há duas principais espécies de eucalipto com destino à produção industrial: o
Eucalipto Citriodora e o
Eucalipto Saligna.
Também conhecido como “eucalipto-limão” ou “eucalipto-cheiroso”, o Eucalipto Citriodora tem como característica botânica mais conhecida a exalação de odores cítricos. Na indústria é bastante utilizado para a fabricação de móveis, mourões, biomassa combustível (lenha e carvão) e desinfetantes.
Já o que caracteriza o Eucalipto Saligna é sua altura, a árvore atinge até 50 metros e é uma das mais plantadas para fins de reflorestamento no País. Com boa adaptação às regiões de clima tropical é muito utilizada para usinagem. Também é destinada para a produção de caibros, vigas, postes, mobiliário, assoalhos e embalagens.
Como está o mercado para produtores rurais e investidores?
A demanda pelos negócios florestais é crescente. Investidores e produtores rurais enxergam no cultivo do eucalipto boas oportunidades de mercado, especialmente pela diversificação de aplicações industriais, mas também pela chamada economia sustentável.
Para o produtor rural a dica é conhecer bem o mercado. Dessa forma, pesquise os compradores do produto final que a espécie de eucalipto plantada irá interessar e planeje bem os prazos, custos e preços. O fato do plantio proporcionar vários produtos com preços variados pode ser um bom diferencial, mas tudo requer planejamento.
Para o investidor é uma oportunidade de conciliar retorno financeiro com engajamento ambiental. Com a aquisição de ativos florestais de empresas sólidas, com origem séria e comprometida, o investidor fará seu aporte na chamada poupança verde. Sem a necessidade de comprar terras nem administrar o plantio.
Os recursos do investimento destes ativos são destinados ao plantio e cultivo e, portanto, após a colheita, as árvores são vendidas no mercado e o investidor recebe o retorno financeiro.